sexta-feira, 2 de julho de 2010

Democracia e as constituições brasileiras


DEMOCRACIA E AS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

(Trabalho organizado a partir das referências bibliográficas abaixo)

Sandra Meyre Lopes Nunes e Silva

Quando uma sociedade é representada pelo sistema democrático, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais deveria, realmente, ser assegurado. No Brasil, apesar da crise do sistema político, não se pode afirmar a ausência de desenvolvimento na construção da democracia ao longo da história. Embora a tradição política brasileira espúria tenha feito do Estado propriedade particular das oligarquias e de aventureiros que o assaltaram, sugando-lhe os recursos econômicos em benefícios próprios, a sociedade, mesmo sem voz e com os direitos cassados, continuou lutando pela construção de uma sociedade justa na qual prevalecesse a cidadania plena. O progresso pela conquista da cidadania exemplifica-se, principalmente, no processo de impeachment ao presidente Collor e as famosas CPIs da corrupção.

Afirma o parágrafo único do art. 1º da constituição brasileira de 1988: “Todo poder emana do povo, que exerce por meio de representante eleitos, ou diretamente, nos termos desta constituição.” No entanto, o que se pode afirmar de rigorosamente verdadeiro é que no decorrer da fase republicana e apesar das duas ditaduras – o do Estado novo (1937 – 1945) e a oriunda do movimento político militar de 1964 – além de várias crises, a democracia brasileira tem evoluído claramente no sentido do aperfeiçoamento.

A primeira constituição do Brasil foi outorgada pelo imperador D.Pedro I. A carta de 1824 permitia a escravidão e negava direitos políticos às mulheres e religiosos. Como se vê, a carta magna do império não atendia a alguns requisitos hoje considerados essenciais à democracia.

Na constituição de 1891, adotou-se entre outras inovações, o regime presidencialista, criou-se o sistema federativo, previu-se a representação das minorias e institui-se o sufrágio universal masculino, excetuados os analfabetos, mendigos e religiosos. No entanto, permitiu-se o voto a descoberto, fonte de muitas fraudes eleitorais da república velha, esqueceu-se a justiça eleitoral e nenhuma referência foi feita às garantias sociais dos trabalhadores.

A lei orgânica do governo provisório (novembro de 1930) e, posteriormente, a constituição de 1934 foram as primeiras a levar em conta a posição social dos trabalhadores na democracia brasileira, concedendo garantias e a instituindo a justiça trabalhista. A constituição de 1937, outorga por Getúlio Vergas, rompeu com a tradição política brasileira, já que ampliou o poder e o mandato do presidente da república, restringiu a autonomia do poder judiciário, dissolveu todos os órgãos legislativos e declarou o estado de emergência.

A constituição de 1946 procurou conciliar as diversas correntes doutrinárias representadas entre os constituintes. Garantiu o direito de propriedade, tal como entende a liberal – democracia, mas condicionou seu uso ao bem – estar social, ideia nitidamente socialista. Determinou que se organizasse a ordem econômica e social conforme os princípios da justiça social, conciliando a liberdade de iniciativa a valorização do trabalho humano. Admitiu o exercício, pela União, do monopólio de indústrias e atividades. Ao longo de sua vigência, não faltaram ameaças antidemocráticas, sobretudo de golpes militares.

Em 1964, o presidente constitucional João Goulart foi deposto por um movimento político – militar. Durante a ditadura subsequente, que se estendeu por duas décadas, o país viveu regulamentado por uma série de atos institucionais e complementares. Mesmo a constituição de 1967, que restabeleceu certas características de normalidades institucional, foi emendada em outubro de 1969 por um ato, que manteve o Ato Institucional nº5.

No início da década de 1980, a redemocratização foi ocorrendo, gradualmente, com a suspensão da censura prévia à imprensa, a lei de anistia e outras medidas. A convocação de uma assembleia constituinte figurava na plataforma de Tancredo Neves, eleito presidente indiretamente mas falecido sem assumir o cargo. José Sarney, vice-presidente empossado, convocou o Congresso seguinte a assumir funções constituintes. Em 1988 foi promulgada uma nova constituição, que consagrava direitos e garantias individuais e sociais mais amplas que os da carta de 1946.

No Brasil vivemos um regime de democracia no qual os cidadãos têm possibilidade de participar do governo por meio da eleição de seus representantes. Entretanto, esse mecanismo de representação legal, garantido pela constituição, não tem sido suficiente para que se realizem os programas dos nossos governantes, que deveriam atender às necessidades dos diferentes segmentos da sociedade.

Para alguns eleitores, votar conscientemente em seu representante significa escolher aquele que tem propostas para atender a seus interesses e da coletividade. Nesse sentido, o voto é garantia da participação política e do exercício da cidadania.

Para outros eleitores, entretanto, o processo eleitoral não tem significado político algum, apenas se restringe à obrigação de “escolher”um candidato. Assim, a escolha não tem compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e, normalmente, é feita com critérios absurdos como, por exemplo, votar no candidato mais bonito, ou artista de televisão, de rádio ou, ainda, porque doou calendários, camisetas, comidas etc. Elegem-se representantes, mas sem nenhuma identificação com eles.

Dessa forma, como participar do desempenho e dos resultados do governo? Ou seja, essa falta de identificação entre representantes(governo, congresso) e representados(população) torna impossível fiscalizar e controlar o que o governo faz em nome do povo. Isso afeta, é claro, principalmente, os serviços públicos. Como esses serviços não funcionam ou funcionam mal, o caminho que representantes e representados acabam escolhendo é o do “jeitinho” ao prestar “favores” a seus apaniguados, e estes descobrem no “jeitinho” a maneira de ver atendidas suas necessidades ou, dependendo do caso, seus legítimos direitos. Em suma, numa sociedade de viciada pela instituição do “jeitinho”, aquilo que num sistema democrático deveria se constituir em direitos passa a ser favores.

O direito ao voto - por si só – não nos garante a democracia, principalmente, se após o momento solene de posse, a responsabilidade com os compromissos do “grupo” passar a ser somente dos eleitos, enquanto os eleitores seguem seu dia a dia com a sensação de dever cumprido. Afinal, o problema agora passará a ser do outro, daquele representante da turma, de todos esses... menos daqueles que os elegeram! É dessa forma que muitos pensam.
Apesar de se constatar essa atitude por parte de muitos eleitores, não podemos desconsiderar sua origem: a ausência, na escola ou na família, de uma efetiva educação para o exercício da cidadania. Ser cidadão é algo que se aprende, e a cidadania se constrói: exercitando o diálogo, ouvindo e expondo ideias e argumentos, analisando-os, tornando atitudes e avaliando suas implicações.

A constituição brasileira nos garante a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa. Todos temos o direito de externar nosso descontentamento com os políticos e de seu compromisso com a democracia.

Certamente, os meios de comunicação podem contribuir para o acesso às informações sobre a organização política e o Estado. Contudo, geralmente, limitam-se a denunciar os fatos, os problemas, os escândalos, enfatizando aspecto pessoais em detrimento das implicações políticas e econômicos – estas, sim, de interesse da população como um todo . As soluções ou as punições nem sempre são objeto de noticia. Há uma clara opção por acontecimentos que causem impactos, sem que estes levem a uma reflexão critica.

Como consequência, ocorre a banalização: todos os escândalos, de tão frequentes, passam a ser normais. São substituídos, rapidamente, por outros e, assim, vamos nos distanciando das soluções dos problemas que afligem a todos nós – de forma direta ou indireta -, como a falência do sistema da previdência, da saúde, do ensino, da habitação etc.

Para suportar a convivência com uma realidade adversa, agimos como se estivéssemos tão distantes dela que nada pudéssemos fazer. Esse sentimento de impotência diante dos fatos é o primeiro passo para a acomodação, que vem logo a seguir, fazendo com que toda e qualquer transformação deixe de acontecer.

A não transformação é reflexo da ausência de voz do povo brasileiro. Mesmo existindo ações democráticas, esse povo continua sem voz e isso acontece devido, principalmente, a dois fatores: as políticas públicas ineficientes e a globalização. As políticas públicas aparecem sempre mascaradas com fins eleitoreiros, logo não são, muitas vezes, conduzidas com eficiência.

A globalização, que figura no atual cenário, resultante do desenvolvimento tecnológico e do desenvolvimento das telecomunicações, apresenta duas situações à sociedade: primeiro, exige competência, agilidade, capacidade para explicar ou expressar conhecimentos capazes de solucionar problemas sempre a favor do capital, mas, por outro lado, talvez devido ao desenvolvimento tecnológico capaz de encurtar o tempo, apresentando, assim, rapidez nas ações cotidianas e no trabalho, a sociedade canalizou, na maioria, a lei do menor esforço. Hoje se deseja concluir um curso no menor tempo sem dar importância à qualidade, esse é apenas um exemplo entre tantos figurando na atual sociedade brasileira.

Diante desse quadro, os valores morais foram banalizados. A ausência de ética e a ilegalidade tornaram-se, para a maioria, o passaporte para a mobilidade social.

O setor educacional atual, que deveria ser o mais eficiente, na maioria das instituições, tornou-se sem expressão e sem credibilidade. É importante salientar que apenas discussões de teorias pedagógicas não funcionam, principalmente, quando se fecham os olhos para a ideologia propagada entre os jovens que, em resumo, é a lei do não esforço. Hoje em nome da agilidade e do aprender brincando, a maioria vai brincando de viver, de trabalhar, de estudar... Infelizmente, sofre uma pequena minoria de pais que já perceberam tal ideologia e, então, não sabem como mudar ou sofrem muito para mudar.





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Nova Enciclopédia Barsa, - São Paulo,1999, v.4

KUPSTAS, Marcia.(org.). identidade Nacional em debate. São Paulo, Moderna, 1997.

CÁCERES, Frorival. História do Brasil. 1º ed- São Paulo: Moderna, 1993.

domingo, 11 de abril de 2010

Leia " A força da tradição no mundo ao avesso" por Antônio O zai


A força da tradição no mundo ao avesso

modernidade anunciou o triunfo da Razão. Ela representou a possibilidade de construção de um mundonovo, contra os valores morais e teológicos predominantes na Idade Média. Impôs a racionalização do processo de produção, a impessoalidade nas relações, a dominação das elites que buscaram moldar o mundo ao seu pensamento, através da conquista de novos mercados, pela organização do comércio, a produção fabril e a colonização...

domingo, 28 de março de 2010


 Sandra Meyre Lopes Nunes e Silva


A PEDRA BELA

Andei e tropecei na pedra
Que era
Tão reta...
Tão certa...
E terna...
Quem me dera
Encontrar a pedra
Tão bela...
A pedra... A pedra... A pedra
A pedra... A vida... A pedra
A pedra... A pedra... A pedra


HOJE

A poesia não sai.
A vida não sai.
A tristeza não sai.
A felicidade não sai.
E tudo passou.
Apenas fiquei...
ASSIM...



AMANHÃ

Se a poesia sair.
Se a vida sair.
Se a tristeza não sair.
Se a felicidade sair.
E tudo começar.
Serei...
Assim.
E também contarei meu segredo.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): uma fotografia das escolas brasileiras sem photoshop



 Sandra Meyre Lopes Nunes e Silva

Fez dez anos da primeira aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio-Enem. Depois da implantação do Sistema de Seleção Unificada (SISU) e do já existente  ProUni- Programa Universidade para Todos nos quais são utilizados o Enem para ingresso em universidades públicas e também privadas, com certeza, esse processo avaliativo tornou-se mais relevante. Porém, a maior contribuição desse exame se dá por meio dos resultados, pois ele não só mostra as competências e as habilidades dos alunos nos diversos assuntos como também o desempenho das escolas no processo ensino-aprendizagem.
O principal ponto desse texto é sobre esse assunto. Toda escola é única e deve estar inserida em um projeto político pedagógico, construído pelos participantes dessa instituição. Sabe-se, contudo, que cada escola, independente de região geográfica ou localidade, o projeto deve orientar-se pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, mas, se a escola assim não o faz, ela estará fadada a não obter progresso no processo ensino-aprendizagem.
De nada vai adiantar uma escola escolher alguns trechos dos Parâmetros Curriculares Nacionais e, em seguida, “discutir” com o grupo. Essa é uma praxe que não funciona, assim, percebi ao longo dos anos. Nesse momento, a atuação da equipe pedagógica deve ser fundamental, pois ela será a responsável para explicar os Parâmetros Curriculares e o projeto político, levando o professor a compreender bem o funcionamento deles e, então, atuar com segurança. A explicação não será passiva, porém os pedagogos estudaram para isso também.
A escola deve fazer as seguintes perguntas: Quem eu sou? Quais objetivos pretendidos? Como e o que fazer para atingi-los? Essas perguntas, quando respondidas com consciência, permitirão os primeiros passos para o desenvolvimento eficiente do processo ensino-aprendizagem. Sabe-se que, muitas vezes, esse projeto é elaborado apenas por uma pessoa da instituição ou, algumas vezes, terceirizado. Quando pronto, ele é guardado, enfraquecendo o processo ensino-aprendizagem. Outro ponto sem eficiência são os recortes de teorias educacionais feitos pala equipe pedagógica para explicar como devem ser realizadas as práticas educacionais. Infelizmente, a superficialidade dos encontros pedagógicos é uma das causas de não se realizar o conhecimento na instituição.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é estruturado a partir de cinco competências e 21 habilidades. Entende-se por competência todo conhecimento que o indivíduo possui não memorizado, mas, capaz de explicá-lo. É quando um(a) aluno(a), por exemplo, não só dá a resposta de uma situação-problema, mas sabe explicar como ele chegou à resposta, quais caminhos o(a) levaram ao resultado. Já habilidade é todo conhecimento que o alunado adquire sobre os diversos assuntos das disciplinas. Competências e habilidades são adquiridas por meio do processo cognitivo, portanto, quando se possui habilidade em um assunto, significa dizer que se aprendeu comparando e associando. Como o processo é cognitivo, o(a) aluno(a) aprendeu pensando, parando para associar a outros assuntos. Se o(a) aluno(a) possui as habilidades, ele(a) deverá possuir competência para explicar um fenômeno, uma situação-problema ou o funcionamento da Língua Portuguesa, por exemplo.
Dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica é a primeira competência do Enem. Estranho apresenta-se o fato do(a)  professor(a) de Língua Portuguesa insistir em não mais ensinar a variante padrão já que, segundo ele(a), não mais se exige nos processos avaliativos, porém, contempla-se a interpretação de textos. O que significa, então, tanta polêmica? Na verdade, a análise de um texto e do estudo de variantes linguísticas corresponde a algumas habilidades do Enem, porém, faz-se necessário dizer que interpretar um texto depende de conhecimentos linguísticos, não linguísticos e da pragmática textual, logo se necessita de várias habilidades para uma interpretação textual como sinônimo de leitor crítico. Como frisou Helena Brandrão, um leitor crítico apresenta o seguinte perfil:
           



  • não é apenas um decifrador de sinais, um decodificador da palavra. A palavra, para ele, é signo e não sinal (no sentido bakhtiniano). Busca uma compreensão do texto, dialogando com ele, recriando sentidos implícitos nele, fazendo inferências, estabelecendo relações e mobilizando seus conhecimentos para dar coerência às possibilidades significativas do texto;



  • é cooperativo, na medida em que deve ser capaz de construir o universo textual a partir das indicações que lhe são fornecidas;  



  • é produtivo, na medida em que, refazendo o percurso do autor, trabalha o texto e se institui em um co-enunciador;



  • é, enfim, sujeito do processo de ler e não objeto, receptáculo de informações. (2001, p.21)

É necessário entender também que as variantes linguísticas dependem de estilo de linguagem, dos interlocutores, da situação e de todos os elementos responsáveis pelo processo de comunicação. Compreender que a norma culta é mais uma variante entre as outras e a utilização dela depende da situação. No caso do Enem e de outros concursos, exige-se a competência da norma culta. Os concursos não pedem memorização de regras gramaticais, mas o funcionamento delas. O alunado deve dominá-las para empregá-las com segurança e liberdade.
Outro ponto importante diz respeito à contratação de professores(as) nas escolas particulares. A época de indicação como sinônimo de qualidade acabou. Talvez a melhor maneira seja a “tradicional”. Na primeira etapa, seria uma prova avaliativa sobre o conteúdo da disciplina; na segunda, a realização de uma aula acompanhada de um planejamento e; na terceira etapa, uma entrevista. É bom frisar que a entrevista mostra-se fundamental, pois é nela que, na maioria das vezes, reconhece-se o profissional uma vez que ele apresenta a subjetividade dele. Na entrevista, é necessário observar motivação, interesse em pesquisa, desejo de continuidade nos estudos e outros pontos que a escola acredita ser importante. Não se adéquam, nessa nova ordem, frases: “um jovem é mais motivado” ou “com essa idade ele(a) está ultrapassado(a)” e ainda “como possui mestrado, é o(a) melhor”. É bom ressaltar que alguém com mestrado possui, com certeza, muitas competências, mas não é uma verdade absoluta que seja a melhor opção para o ensino médio. Por isso, necessita-se realizar todas as etapas. O currículo deve ser usado se houver empate. Muitas escolas estão “perdidas” numa época sem linearidade, porém existem também excelentes escolas que, de alguma forma, tive contato e, se escrevi esse texto, não foi somente devido às leituras, mas à convivência nelas. A contratação de um(a) professor(a) pela escola deve ser bastante segura já que essa segurança levará a uma cumplicidade entre professor(a) e a equipe pedagógica. Assim, o processo ensino-aprendizagem será mais favorável.
O último ponto diz respeito ao desempenho, por meio de uma nota, de cada escola brasileira no processo avaliativo do Exame Nacional do Ensino Médio- Enem. Essa nota, com certeza, passou a ser uma excelente mídia. As escolas, que conquistarem até a vigésima posição, serão referência. As outras devem buscar melhorias no ensino-aprendizagem. Investir muito em propaganda talvez não seja a melhor opção, mas deve levar em consideração a formação dos educadores em suas respectivas disciplinas e de forma significativa. Não adianta muito tentar maquiar o resultado, dizendo que foi a melhor na cidade (claro que esse resultado é louvável, mas deve ser motivador para avançar). Nesse novo cenário educacional, tornou-se inegável a importância do Enem, pois aumentou o interesse do alunado por esse processo, logo estão observando os resultados tanto o alunado quanto pais e outros.
Termino o texto com o título - Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): uma fotografia das escolas brasileiras sem photoshop. Ela realmente é real.


Habilidades e competências do Enem:

Melhores escolas pelo resultado do Enem:


Bibliografia

BRANDÃO, Helena e MICHELETTI, Guaraciaba (coordenadores). Aprender e ensinar com textos – Aprender e ensinar com textos didáticos e paradidáticos. São Paulo: Cortez, 2001, 3 ed, v.2.
Relatório Pedagógico – Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
Orientações Curriculares para o Ensino Médio – Linguagem, Códigos e suas Tecnologias



terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A escola burguesa e a questão do conhecimento: mudar para não transformar


A escola burguesa e a questão do conhecimento: mudar para não transformar

ALMEIDA, J. A escola burguesa e a questão do conhecimento: mudar para não transformar. Revista Espaço Acadêmico, Brasil, 9 dez. 2009. 

Disponível em: <http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/8873/5143>. Acesso em: 05 jan. 2010.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Nietzsche – Oswaldo Giacóia Júnior


Nietzsche - Oswaldo Giacóia Júnior



"Neste breve e abrangente livro sobre Nietzsche, Oswaldo Giacoia Junior – professor do departamento de Filosofia da Unicamp – mostra porque é impossível se colocar à altura dos principais temas e questões do nosso tempo sem entender o pensamento de Nietzsche, um dos pensadores mais provocativos da filosofia moderna."



Nietzche – Oswaldo Giacóia Júnior

Gênero: Filosofia alemã
Editora: Publifolha




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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Um homem que circula

Um homem que circula

O italiano Umberto Eco transita com desenvoltura em variados campos do pensamento

Por Gabriela Longman

Umberto Eco percorre, com naturalidade, a semiótica, a estética, a linguística, a história da literatura e a cultura de massas. Seu pensamento mora em algum lugar entre São Tomás de Aquino e Pierce; Abelardo e Karl Popper. Salta do texto à imagem; da Idade Média às redes informáticas. Se cai nos abismos da controvérsia, sabe como sair deles. Autor de cinco romances, ganhou fama mundial ao publicar, em 1980, O Nome da Rosa, thriller com páginas inteiras em latim, reflexões sobre a escolástica e a lógica e uma imersão na atmosfera monástica do medievo europeu.

Hoje, aos 77 anos, o intelectual italiano afirma que fica entediado se não faz muitas coisas ao mesmo tempo. Tradutor de textos ingleses e franceses do século 19, é autor de mais de 200 prefácios e um notório especialista em James Joyce ("Economizar em Cima de Joyce" é um dos principais ensaios de seu livro Os Limites da Interpretação). Atualmente assina a curadoria de um projeto artístico no Museu do Louvre, em Paris, juntando arte, história e música. A programação inclui um olhar "contemporâneo" sobre as coleções clássicas do museu e uma série de espetáculos que dialogam com seu trabalho.

Graças ao convite, Eco passa os meses de novembro e dezembro na capital francesa, onde presidiu um colóquio sobre a vanguarda italiana dos anos 1960 - afinal, foi baseado no contato com artistas como Lucio Fontana, Alberto Burri e Piero Manzoni que elaborou o conceito de "obra aberta" (1962), seu modelo teórico para explicar a arte contemporânea. Convidou o compositor e DJ francês Laurent Garnier para o encerramento do evento, no dia 13 de dezembro, num concerto-projeção que pretende misturar John Lee Hooker, Charles Trenet, música eletrônica, música concreta. Finalmente, lotou a livraria do museu nas duas sessões de autógrafos de seu novo livro, Vertige de la Liste, que percorre a história da arte e da literatura com base na ideia da lista, da enumeração.

Da Wikipédia a Berlusconi

Nascido em Alexandria - não a do Egito, fundada em homenagem a Alexandre, o Grande, mas a do Piemonte, às margens do Rio Pó, fundada em homenagem ao papa Alexandre III -, Eco passou boa parte de sua vida na Universidade de Bolonha, a mais antiga da Europa, fundada em 1088. Titular e professor de honra da cadeira de semiótica (aposentado), é hoje diretor da Escola de Ciências Humanas da mesma universidade. Ensinou temporariamente em Yale, na Universidade Columbia, em Harvard e no Collège de France. Sua vida desenvolve-se, então, numa alternância constante entre as atividades na academia, a carreira literária e a imprensa - é colunista da revista semanal italiana L'Espresso, na qual escreve, entre uma infinidade de temas, sobre Berlusconi e Wikipédia. A Wikipédia ele aprova com ressalvas e garante que corrige, pessoalmente, as imperfeições que encontra no verbete a seu respeito. "A Wikipédia confirma as teorias do filósofo norte-americano Charles Sanders Peirce, de uma comunidade (científica) que através de um tipo de homeostase elimina os erros e legitima novas descobertas, continuando assim a carregar o que ele chamou de tocha da verdade (...) Quando eu uso a Wikipédia, emprego as técnicas utilizadas pelos acadêmicos profissionais: leio sobre um determinado tópico e depois comparo a informação com material encontrado em três ou quatro outros sites." Quanto a Berlusconi, ele reprova, também com ressalvas: "O problema da Itália não é Berlusconi, são os italianos como um todo", escreveu o escritor num artigo recente em que convidava a intelectualidade italiana a se posicionar.

À parte toda a circulação e apesar do carrossel de
atividades, Eco é, indiscutivelmente, um homem dos livros


"Em 1931, o fascismo impôs aos professores universitários - 1.200 na época - um juramento de fidelidade ao regime. Apenas 12 recusaram e perderam seus empregos. Talvez os 1.188 que ficaram tivessem razões nobres. Mas os 12 que disseram não salvaram a honra da universidade e, definitivamente, a honra do país."

Eco diz ter conhecido Berlusconi no tempo em que este era ainda um homem jovem que fazia negócios no setor da construção, mas que cogitava passar às mídias de massa e, para sondar o terreno, marcou um almoço com intelectuais. O escritor esteve presente junto com um amigo. "Encontramos este tipo que não diz praticamente nada na mesa, a não ser algumas pequenas besteiras. Partimos com o pretexto de que já era tarde. Na escada, disse a meu amigo: 'Que imbecil que nos fizeram encontrar...' E foi assim que perdi a chance de tornar-me o número 2 da Itália." (A propósito, o italiano é o "número 2" na eleição da revista norte-americana Prospect em torno do maior intelectual vivo do mundo, atrás de Noam Chomsky).

Paixão pelos livros

Independentemente dos números, Umberto Eco é um homem que circula. Dizem as más línguas que tirou a barba para poder passear com mais tranquilidade na última Feira de Frankfurt. Residente em Milão, passa de três a quatro dias por semana em Bolonha, onde é uma espécie de mito - quase todas as vitrines ostentam seus títulos, como uma mãe orgulhosa do filho pródigo. Os moradores da cidade garantem que ele praticamente não sai da universidade, mas de vez em quando é visto comendo pizza cercado por seus estudantes em alguma trattoria barata do centro. A maior parte das antigas livrarias de que gostava foi substituída pela megastore da rede Feltrinelli, que ocupa o número 1 da Piazza di Porta Ravegnana. Ele lamenta e não lamenta: "As velhas livrarias tinham livreiros sábios, que davam bons conselhos, mas havia certo ar de sobriedade que intimidava os leitores iniciantes. Atualmente, vejo a juventude mais à vontade ao folhear os livros dentro destes prédios de oito andares".

Pois que, à parte toda a circulação e apesar do carrossel de atividades, Eco é, indiscutivelmente, um homem dos livros - do recolhimento, portanto. A quase totalidade de seus escritos romanescos ou teóricos fala de livros, sobre livros ou sobre bibliotecas. Bibliófilo inveterado, tem em sua estante 1.200 obras raras. É dessa dialética da reclusão e da circulação que nasce sua figura.

Junto com o escritor e roteirista Jean-Claude Carrière, lançou no ano passado N'Espérez pas vous Débarrasser des Livres ("Não Espere se Livrar dos Livros", publicado em Portugal com o título A Obsessão do Fogo e ainda inédito no Brasil), uma conversa dos dois mediada pelo jornalista Jean-Philippe de Tonac. Ali, insiste no ponto que defende desde o começo das mídias eletrônicas: o livro como objeto não vai desaparecer, é insuperável, tal qual a roda ou o martelo:

"Você pode levá-lo para sua banheira sem ter medo de morrer eletrocutado; pode ler numa ilha deserta, enquanto o pobre Robinson Crusoé não saberia o que fazer com as baterias descarregadas de um e-book. Este livro em papel sobrevive mesmo que o deixemos cair do 5º andar de um prédio, mas tente fazer o mesmo com um livro eletrônico!"
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* Fonte: CULT , edição 142, disponível em 31 de dezembro de 2009

domingo, 13 de dezembro de 2009

Apelos Populistas


Apelos Populistas


Iguatemir Carvalho


Nos últimos anos, vivendo sob os governos populistas de Lula e Wilma: congêneres. Atualmente, com Micarla, presencio uma ‘’onda’’ de populismo tacanho e infantil que se tornou a mais nova moda de apelo social. Os responsáveis e beneficiários da atual política brasileira, que preferem tratar o cidadão pondo-lhe, adequadamente, uma chupeta na boca, são os mesmos que minha proteção natural, lapidada durante milhões de anos de evolução, chamada razão, não mais tolera. 

A tradição populista em nosso país é infinita. Virou instituição e ideologia fazer apelo ao povo, em nome do povo, porém em benefício do poder. Do PT ao PV e passando pelo DEM e temperado pelo PR, não há político que resista ao Sex Appeal da assistência social, do caminho sensível do politicamente correto, das cotas insanas da justiça racial, da pedagogia do amor que infantiliza até os infantis e dos afagos ‘‘doces’’ das campanhas sociais. Armas, psicologicamente corretas, que os profissionais do sexo, do marketing e da política, claro, não deixam de usar jamais. Tais procedimentos estão presentes nas propagandas de prestação de contas dos governos ou dos partidos políticos, que deveriam servir de expedientes racionais e concretos, estão parecendo mais campanhas de amaciantes de roupas ou de telefones ‘’OI’’.
Em Natal, por exemplo, Micarla de Souza da ‘‘gente’’ gosta do ‘’gente’’, da calçada da “gente”, do mirante da “gente”, do endereço da “gente” e do transporte da “gente”; seu governo transformou os alunos das escolas públicas municipais em periquitos da “gente”. Filho de pobre é tratado assim mesmo pelo poder público: numa gestão os alunos são pintados de verde; noutra, são pintados de azul e, se fosse o PT no governo, seria o vermelho.



Wilma, com seu “governo de todos”, a “ponte de todos”, a escola de “todos”, tem um sistema de saúde para “todos” aqueles infelizes que, se não morrerem, esperarão sua hora nos corredores. É a saúde de todo o caos. Aliás, o slogan “de todos’’ ou “todas’’, criado pelo governo Lula, virou saudação em congressos, assembleias de sindicatos, reuniões de pais e mestres; é um apelo à ignorância, típico dos populistas, conforme vemos na pré-campanha de Dilma Russef à presidência da república: “será a primeira mulher a chegar à presidência’’; os populistas querem nos fazer acreditar que propostas eficazes, inteligência, competência e honestidade, qualidades indispensáveis para um chefe de estado, depende do sexo, da cor ou da origem social das pessoas. Eu não acredito nisso. Lula deve se vangloriar de ter empossado o único juiz negro da história do STF, não obstante a cor da pele não ter contribuído, inicialmente, na carreira deste juiz negro, ou melhor, afro-descendente, certamente foi um fator decisivo para esse como para aquele, e sua turma, pelos votos simpáticos que atrai.
Populismo sempre foi moeda de troca; a demanda de favores é equilibrada pela oferta de cargos, conchavos e proselitismos; para quem acha que nem tudo é vendido, a mais nobre das esperanças é negociada há muito tempo. Podem até mudar as pessoas, contudo as piores ideias subdesenvolvidas de nossa cultura permanecem para os políticos que chegam, e, ao que parecem, eles gostam. Não tem jeito com essas mentalidades no poder.



quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Escola Nova e Tradicional: um desafio para a educação no século X XI




Escola Nova e Tradicional: um desafio para a educação no século X XI


Sandra Meyre Lopes Nunes e Silva



Anular concepções arraigadas aos educadores sobre o que realmente significa ensino tradicional torna-se, praticamente, impossível, porque elas possuem raízes históricas e culturais. 
Segundo Castanho, em "Da discussão e o debate nasce a rebeldia" (pág. 93). Costuma-se relacionar ensino tradicional à aula expositiva e todas as técnicas relacionadas às atividades dos alunos à Escola Nova. Sabe-se que essas maneiras, de ver e tratar a educação, são simplistas e, com certeza, contribuíram e, ainda, contribuem para aumentar os nós na educação brasileira. 
Faz-se, então, necessário uma rápida apresentação histórica para que se possa entender a possível raiz do problema. Em primeiro lugar, a cultura brasileira nasceu sob o signo da forma como o brasileiro foi colonizado: de um lado havia aquele que determinava e; de outro, aquele que obedecia. Somando à cultura colonialista, existiu a escravista e a repressão nos anos da ditadura que juntas roubaram a subjetividade do Outro. A partir dai, nasceram duas correntes: a de direita e a de esquerda. Quem reprime está relacionado à direita e, conseqüentemente, a tudo que remete ao tradicional; já os que são vítimas dessa ordem são relacionados à esquerda. Dessa forma, o brasileiro entende essa palavra a partir desse contexto cultural e historicista.


Outro fator importante que deve ser destacado é a democratização do ensino fundamental. Um dos pontos relevantes foi a simplificação dos programas de ensino, para que a escola pudesse chegar a todos, e o conhecimento do professor foi desqualificado, pois era necessário contratar professores em massa, de forma rápida e barata. Segundo Christiano de Souza, em A escola brasileira, a lei e o laço social (pág. 52), nesses anos, a geração hippie fez com que se voltasse a pensar nos seres humanos como pertencentes à natureza, a reconhecer o homem como mais uma espécie dentre todas as outras espécies do planeta. Quando o sonho acabou, Deus saiu de cena e a história não prometia mais um final feliz, o interesse da cultura alternativa pela natureza espremia a esperança de encontrar na terra as raízes de sua dignidade e a forma de oposição à lógica das instituições autoritárias. 


Percebe-se, então, que os contextos tanto histórico quanto político vão direcionando o fazer educacional no Brasil e essas concepções não se universalizam, mas dividem opiniões. Sendo assim, acontece o retrocesso, não o avançar. 
Observa-se que se traduzia tradicional em educação ao conceito dicionarizado, ainda, relacionou-se a técnicas, sendo assim, aboliu-se essa corrente ou a tudo que a lembraria. Procuraram-se, então, novas correntes, mas, talvez, por falta de preparo intelectual, o novo foi mal interpretado, contribuindo, cada vez mais, para o empobrecimento intelectual dos alunos. Um exemplo é o construtivo proposto por Vygotski. Percebe-se, em pleno século XXI, que há profissionais discursando a teoria dele às avessas.
Na verdade, quanto se fala em tradicional, estamos relacionando às técnicas responsáveis para execução de atividades que, ao longo do processo, resultarão num aprendizado, ou melhor, no conhecimento. Tradicional não significa conduzir os alunos à memorização, mas significa responsabilidade e comprometimento com o aprendizado do aluno. Um exemplo: Freud estudou em uma excelente escola pública humanista, mas tradicional. O problema da não aceitação do tradicional na sociedade brasileira deve-se, unicamente à cultura histórica. 


É importante dizer que a Escola Nova, não consegue resultados satisfatórios com as novas teorias educacionais, porque não as usou com adequação. Segundo Castanho, (op. cit. pág. 96), Discutir e debater não são atividades espontâneas, fáceis. Não basta que o professor leve o aluno a exprimir-se e dizer o que sente. Levar o aluno à autonomia não significa recusar toda a cultura acumulada ao longo da história humana. 
O conceito de tradicional nos remete à Grécia Antiga e a Aristóteles. É importante destacar que, nos currículos da maioria dos cursos das Universidades, ele é sempre lembrado e estudado. Principalmente ao tratar-se da argumentação. Esta, como sabemos, representa o resultado de um trabalho cognitivo e dialético. Urge, então, admitir que o desenvolvimento cognitivo deva ser o ponto central para se amarrar a educação no século XXI. Não há outro caminho para o conhecimento se não o desenvolvimento cognitivo. Nesse caso, ele deve ser desenvolvido cedo. As escolas, que trabalham com as séries iniciais, devem estar atentas.

Nos últimos anos, as novas tecnologias surgem no cenário educacional com muita força. Nessa época, não é novidade dizer que elas tanto trazem benefícios quanto também prejudicam. Isso se tornou lugar comum. Mas é importante analisá-las no contexto educacional da sala de aula. Como essas novas tecnologias são usadas? Será que o professor as utiliza adequadamente? Será que o professor pesquisa sobre documentário, filme ou outro gênero que tenha relação direta com o assunto dado para que possa instigar uma discussão? Será que o professor utiliza as técnicas necessárias e os suportes adequadamente para que o aluno aprenda com essas novas tecnologias? Agora, duas perguntas fundamentais são lançadas. Será que o professor possui conhecimento intelectual para utilizar as novas tecnologias e obter resultado? Será que o professor possui tempo para realizar esse trabalho? Se não existirem as duas afirmações das perguntas acima, a educação brasileira estará fadada ao fracasso. 

A proposta desse texto foi exatamente sugerir um fim para as divisões das correntes educacionais: tradicional e escola nova. Direcionar o olhar para o centro que é ajudar e orientar o aluno a adquirir conhecimento torna-se o fundamental. No atual cenário educacional, não há mais lugar para discussões entre correntes educacionais já que ministrar uma aula expositiva não significa ser tradicional como também, por exemplo, dar um texto aos alunos e pedirem para desenhar o que eles entenderam, não significa, necessariamente, ser escola nova.






Referências Bibliográficas
Língua Portuguesa – Psicanálise &amp; Linguagem – Ano III – novembro 2008. Ed. Segmento
ONRUBIA, Javier. Ensinar: criar zonas de desenvolvimento proximal e nelas intervir. IN: O construtivo na sala de aula. COLL, Cézar (Org). São Paulo: Ática, 1999

CASTANHO, Maria Eugênia L. M. Da discussão e do debate nasce a rebeldia. IN: Técnicas de ensino: porque não? VEIGA, Ilma P. Alencastro. 17 Ed. São Paulo: Papirus, 1991









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