domingo, 13 de dezembro de 2009

Apelos Populistas


Apelos Populistas


Iguatemir Carvalho


Nos últimos anos, vivendo sob os governos populistas de Lula e Wilma: congêneres. Atualmente, com Micarla, presencio uma ‘’onda’’ de populismo tacanho e infantil que se tornou a mais nova moda de apelo social. Os responsáveis e beneficiários da atual política brasileira, que preferem tratar o cidadão pondo-lhe, adequadamente, uma chupeta na boca, são os mesmos que minha proteção natural, lapidada durante milhões de anos de evolução, chamada razão, não mais tolera. 

A tradição populista em nosso país é infinita. Virou instituição e ideologia fazer apelo ao povo, em nome do povo, porém em benefício do poder. Do PT ao PV e passando pelo DEM e temperado pelo PR, não há político que resista ao Sex Appeal da assistência social, do caminho sensível do politicamente correto, das cotas insanas da justiça racial, da pedagogia do amor que infantiliza até os infantis e dos afagos ‘‘doces’’ das campanhas sociais. Armas, psicologicamente corretas, que os profissionais do sexo, do marketing e da política, claro, não deixam de usar jamais. Tais procedimentos estão presentes nas propagandas de prestação de contas dos governos ou dos partidos políticos, que deveriam servir de expedientes racionais e concretos, estão parecendo mais campanhas de amaciantes de roupas ou de telefones ‘’OI’’.
Em Natal, por exemplo, Micarla de Souza da ‘‘gente’’ gosta do ‘’gente’’, da calçada da “gente”, do mirante da “gente”, do endereço da “gente” e do transporte da “gente”; seu governo transformou os alunos das escolas públicas municipais em periquitos da “gente”. Filho de pobre é tratado assim mesmo pelo poder público: numa gestão os alunos são pintados de verde; noutra, são pintados de azul e, se fosse o PT no governo, seria o vermelho.



Wilma, com seu “governo de todos”, a “ponte de todos”, a escola de “todos”, tem um sistema de saúde para “todos” aqueles infelizes que, se não morrerem, esperarão sua hora nos corredores. É a saúde de todo o caos. Aliás, o slogan “de todos’’ ou “todas’’, criado pelo governo Lula, virou saudação em congressos, assembleias de sindicatos, reuniões de pais e mestres; é um apelo à ignorância, típico dos populistas, conforme vemos na pré-campanha de Dilma Russef à presidência da república: “será a primeira mulher a chegar à presidência’’; os populistas querem nos fazer acreditar que propostas eficazes, inteligência, competência e honestidade, qualidades indispensáveis para um chefe de estado, depende do sexo, da cor ou da origem social das pessoas. Eu não acredito nisso. Lula deve se vangloriar de ter empossado o único juiz negro da história do STF, não obstante a cor da pele não ter contribuído, inicialmente, na carreira deste juiz negro, ou melhor, afro-descendente, certamente foi um fator decisivo para esse como para aquele, e sua turma, pelos votos simpáticos que atrai.
Populismo sempre foi moeda de troca; a demanda de favores é equilibrada pela oferta de cargos, conchavos e proselitismos; para quem acha que nem tudo é vendido, a mais nobre das esperanças é negociada há muito tempo. Podem até mudar as pessoas, contudo as piores ideias subdesenvolvidas de nossa cultura permanecem para os políticos que chegam, e, ao que parecem, eles gostam. Não tem jeito com essas mentalidades no poder.



Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelo artigo. Hebert.